sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Dois imperdíveis em Santiago: Liguria e Galindo

Há dois bares imperdíveis em Santiago. O Liguria e o Galindo.

O LIGURIA

Esse é um dos bares que eu classifico como de "classe mundial". Classifico assim aqueles bares nos quais, quando se entra a primeira vez, tem-se a impressão de que passou a vida inteira frequentando; de que, a qualquer momento, o garçom vai lhe chamar pelo nome e perguntar - "o de sempre?"

São três endereços, todos na Providencia. Eu só conheço o principal, na Av. Providencia, 1373, ao lado da estação Manuel Montt do Metrô. A linda identidade visual do bar é construída a partir da lira popular (espécie de literatura de  cordel) e da decoração dos bares, que são uma atração a parte, com as paredes cheias de quadros e reminiscências - de que ou de quem não se sabe, mas são reminiscências e isso basta.

A comida vai da culinária típica (de sabor forte e pesada) a massas bem preparadas como numa cantina. A carta de vinhos é variada e há também variedade de cerveja e chopp - recomendo, sempre, o Kustmann Torobayo, hecho en Valdívia. Lembre-se, barato no Chile são os vinhos.

Prefiro o Liguria para beber que para comer. Como petisco, não deixe de pedir os champignones salteados.


O GALINDO

Esse não é um bar que figure nos guias turísticos, embora receba turistas - e os receba bem. Localizado no barrio Bella Vista, o Galindo está bem próximo a La Chascona, a casa de Pablo Neruda em Santiago - um ótimo programa é visitar a casa e depois almoçar no Galindo.

Ao contrário do Liguria, prefiro o Galindo para almoçar e não para a noite. É o lugar perfeito para explorar a culinária chilena: uma parrilada para dos ou um pastel de choclo, por exemplo. Se a forme não for tanta, ou for muita que permita uma entrada, as empanadas por aqui são ótimas.

O Galindo na hora do almoço está sempre movimentado. Cheio não de turistas, mas de chilenos que, sem presa, degustam o almoço durante uma hora ou duas, sem presa, quase sempre acompanhado de vinho.


Bares de Classe Mundial

Além do Liguria, conheço o Lamas, no Rio de Janeiro, e a Bodeguita del Medio, em Havana, que merecem a distinção de pertencerem a essa classe. Conheci também o Riviera, em São Paulo, na esquina da Consolação com a Paulista - um bar de classe mundial que se foi.

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