quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Aluguel de Automóvel

O Chile é um país perfeito para ser explorado com toda calma, navegando suas excelentes 'rutas' com várias pistas em cada sentido e manutenção em dia - sinônimos de conforto e segurança. Há também estradas vicinais, normalmente com pouco movimento, e que permitem descobrir paisagens e lugares geniais que não estão nos guias.

Alugar um carro também não é problema no Chile. Para os brasileiros, basta o documento de identidade, a carteira de motorista do Brasil e um cartão de crédito internacional - é comum que exijam que o condutor tenha mais de 24 anos. As melhores experiências que tive alugando carros, tanto no Chile como também no Uruguai, foi com locadoras locais, pequenas, indicadas pelo hotel. Fazem um serviço personalizado, com cortesia e preço honesto.

Minha única má experiência foi com a Alamo Rent a Car, quando aluguei o carro em um pacote comprado no Brasil pela Tam Viagens. Serviço ruim e desonesto (único caso de desonestidade que vivenciei no Chile até hoje).

Com o Kia Morning que nos levou às casas
de Neruda em Isla Negra e Valparaíso.
Em Santiago, por duas vezes alugamos carros com a Good Rent a Car - por cerca de R$ 100 é possível alugar um Kia Morning (Picanto, no Brasil) - carro pequeno, econômico, bom de dirigir e valente (subiu as ladeiras de Valparaíso sem reclamar).

Normalmente, os carros alugados em Santiago possuem um equipamento utilizado para cobrar o pedágio nas autopistas que cortam a cidade - sem o equipamento, não é permitido andar nas autopistas. O aluguel do equipamento é cobrado, e custa cerca de R$ 12 por dia.

Outro lugar em que aluguei carro foi em Puerto Montt, na região dos Lagos. A locadora fica em Puerto Varas, mas atende tando em uma cidade como em outra. O atendimento na Kamils Rent a Car também foi excelente. Lá, locamos um Toyota Yaris muito confortável por um valor que lembro ter sido bom, mas não recordo quanto foi. Com ele demos a volta no lago Llanquihue, subimos o vulcão Osorno e fomos a ilha de Chiloé.

No meio da chuva,
dando a volta em torno do lago Llanquihue no Toyota Yaris.

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Dois imperdíveis em Santiago: Liguria e Galindo

Há dois bares imperdíveis em Santiago. O Liguria e o Galindo.

O LIGURIA

Esse é um dos bares que eu classifico como de "classe mundial". Classifico assim aqueles bares nos quais, quando se entra a primeira vez, tem-se a impressão de que passou a vida inteira frequentando; de que, a qualquer momento, o garçom vai lhe chamar pelo nome e perguntar - "o de sempre?"

São três endereços, todos na Providencia. Eu só conheço o principal, na Av. Providencia, 1373, ao lado da estação Manuel Montt do Metrô. A linda identidade visual do bar é construída a partir da lira popular (espécie de literatura de  cordel) e da decoração dos bares, que são uma atração a parte, com as paredes cheias de quadros e reminiscências - de que ou de quem não se sabe, mas são reminiscências e isso basta.

A comida vai da culinária típica (de sabor forte e pesada) a massas bem preparadas como numa cantina. A carta de vinhos é variada e há também variedade de cerveja e chopp - recomendo, sempre, o Kustmann Torobayo, hecho en Valdívia. Lembre-se, barato no Chile são os vinhos.

Prefiro o Liguria para beber que para comer. Como petisco, não deixe de pedir os champignones salteados.


O GALINDO

Esse não é um bar que figure nos guias turísticos, embora receba turistas - e os receba bem. Localizado no barrio Bella Vista, o Galindo está bem próximo a La Chascona, a casa de Pablo Neruda em Santiago - um ótimo programa é visitar a casa e depois almoçar no Galindo.

Ao contrário do Liguria, prefiro o Galindo para almoçar e não para a noite. É o lugar perfeito para explorar a culinária chilena: uma parrilada para dos ou um pastel de choclo, por exemplo. Se a forme não for tanta, ou for muita que permita uma entrada, as empanadas por aqui são ótimas.

O Galindo na hora do almoço está sempre movimentado. Cheio não de turistas, mas de chilenos que, sem presa, degustam o almoço durante uma hora ou duas, sem presa, quase sempre acompanhado de vinho.


Bares de Classe Mundial

Além do Liguria, conheço o Lamas, no Rio de Janeiro, e a Bodeguita del Medio, em Havana, que merecem a distinção de pertencerem a essa classe. Conheci também o Riviera, em São Paulo, na esquina da Consolação com a Paulista - um bar de classe mundial que se foi.

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Chegando a Santiago: Energia elétrica

Energia

A tensão da energia elétrica no Chile é 220v, o que normalmente não é problema, já que os equipamentos que costumamos levar em viagens (carregadores de celular, notebooks ou máquinas fotográficas, por ex.) geralmente são bivolt. Mas é preciso ter atenção se pretender comprar aparelhos eletro-eletrônicos.

O que pode causar alguma dor de cabeça é a tomada, com três pinos redondos em linha. (não confundir com a nova tomada de três pinos brasileira – essa só existe aqui).

Se a tomada dos aparelhos que levar na sua viagem for de pino redondo, tudo bem, vai funcionar. Se for de pino chato, vai precisar de uma adaptador – um “T”, ou benjamim, com pinos redondos e ranhuras chatas resolve e é possível encontrar adaptadores para comprar (mas não em qualquer esquina)
.
Agora, se o seu aparelho tem uma dessas tomadas brasileiras novas, leve um adaptador daqui.

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Motivo para ir a Valparaíso: La Sebastiana


Boa parte dos brasileiros que viajam a Santiago (inclusive minha irmã) compra um passeio a Viña del Mar e Valparaíso, nas agências locais ou até em agências brasileiras, de um dia inteiro. Passeio corrido que,apesar de possibilitar uma percepção geral das cidades, muito próximas de Santiago, desconsidera uma maravilha de "Valpo"(jeito carinhoso dos chilenos nominarem Valparaíso) - La Sebastiana, outra casa de Pablo Neruda. Chama-se assim em homenagem ao seu antigo proprietário Sebastián Collado porque, ao contrário das demais casas essa já estava parcialmente construída, quando Neruda resolveu habitá-la. Situada no Cerro Florida, da casa se tem uma maravilhosa vista da cidade, que certamente alimentou o processo criativo do poeta. Sua organização em andares aos quais se ascende por corredores estreitos recria a própria arquitetura da cidade.

Estivemos em La Sebastiana duas vezes: na primeira subimos de carro, na segunda de ônibus local, que desafia as ladeiras íngremes,um passeio e tanto.
A visita guiada é realizada por meio de audiofones, e sim, está disponível em língua portuguesa.

É preciso tempo para explorar a riqueza das coleções, os objetos curiosos e a vista, que a visita proporciona.

E para os capixabas, atenção: há um mapa secular no segundo andar em que Guarapari está registrado.

La Sebastiana funciona de março a dezembro, de 10h10 às 18h e em janeiro e fevereiro, de 10h30 às 18h50, e está fechada às segundas-feiras. Os ingressos custam 12 reais a inteira, e 6 reais para estudantes e terceira idade.


Chegando em Santiago: Transporte

Chegando ao aeroporto, vc pode tomar um taxi em serviço privativo ou uma van, que funciona como um taxi coletivo.

Aeroporto – Providencia: Taxi - $17.000 // R$ 60 ; Van - $ 6.000 // R$ 21 (jan/2011)
Aeroporto – Viña del Mar: Taxi - $ 50.000 // R$ 175 (jan/2011)

No dia-a-dia, é possível utilizar o metrô para fazer quase tudo em Santiago. Utilizar os ônibus também não é difícil. No sítio http://www.transantiagoinforma.cl/ você encontra as rotas de ônibus e metrô e um útil planejador de viagens, que informa (e mostra no mapa) as melhores opções para ir de um a outro lugar.

Usar taxi não é caro, mas nem sempre é fácil pegar um na rua - é bom levar consigo o número de telefone de uma empresa ou pedir no restaurante ou bar que chamem um para você. Atenção, no Chile, quando você pede um táxi, paga a corrida desde o momento em que o carro sai para atendê-lo, e não apenas depois do embarque dos passageiros.

Chegando em Santiago: Câmbio

Comprar pesos chilenos no Brasil não é muito fácil. Quando preciso, recorro à Cotação (www.cotacao.com.br), que não tem filial em Vitória.

Mas isso não é problema. No Chile, a compra e venda de moeda estrangeira é livre, então há muitas casas de câmbio. Mas, atenção, não é comum realizar compras diretamente em moeda estrangeira, mesmo em dólares.

Você pode viajar com dólares ou mesmo com reais. Para fazer o câmbio de reais, em Santiago não haverá problema: todas, ou praticamente todas, as casas de câmbio que compram dinheiro brasileiro. Mesmo em Viña Del Mar, Puert Montt e Puerto Varas, onde encontrei algumas casas de câmbio que não trabalham com real, não foi difícil trocar o dinheiro.

Como em todo lugar, fazer câmbio no aeroporto é mau negócio. Se for preciso, troque o mínimo necessário e deixe para fazer o câmbio na cidade. Os melhores lugares são no Centro (há diversos bancos casas de câmbio no Passeo Ahumada) e na calle Pedro de Valdivia na Providencia, especialmente no trecho ao norte da Av. 11 de septiembre.

Nos shoppings também costuma haver casas de câmbio com horários mais elásticos, funcionando até mais tarde e no final de semana. Se estiver na Providencia, há uma no Mall Panoramico, av 11 de Septiembre, 2155 (entre as estações de metrô Pedro de Valdivia e Los Leones).