domingo, 10 de maio de 2009

La Chascona



La Chascona é a casa de Neruda que fica em Santiago, no bairro Bellavista. Construída para celebrar um grande amor: Matilde & Neruda, seu nome é uma referência aos cabelos da mulher que posteriormente cuidou de criar a Fundacion Pablo Neruda que gerencia as casas museu.

Uma construção irregular, em três partes ligadas por escadas e caminhos, com um jardim muito charmoso e uma espécie de terraço do qual se tem uma vista maravilhosa da cidade.

Das três, esta é minha casa predileta. Acho que por causa do bairro ou da sua história ou ainda, das suas cores vivas. Sua arquitetura muitas vezes lembra um barco, especialmente pela configuração das janelas.

Dos curiosos objetos do coisista Neruda que estão na casa, vale a pena prestar atenção ao quadro de Diego Rivera retrando Matilde, a descabelada e Neruda, escondido na representação.

A visita à casa é guiada. Tivemos sorte pois a guia que nos acompanhou era além de solícita, bem informada. Vale a pena marcar a visita para evitar longas esperas, já que os grupos não podem ser grandes.

Na saída, uma lojinha tem bons materiais com preços acessíveis, especialmente reproduções de desenhos e poemas de Neruda.

Minhas dicas são: tirar uns minutos para aproveitar o jardim de La Chascona e seu frescor, tirar uns minutos para ler o poema Pido Silencio (lindo, lindo!) registrado em "moais" no frontispício da casa e na descida parar no Galindo - um daqueles bares simpáticos da Bellavista - e comer a tradicional empanada, sem pressa... ali você terá oportunidade de conviver com os moradores de Santiago e ver passar os mais curiosos habitantes da cidade.
La Chascona funciona todos os dias das 10 às 18h e a visita custa cerca de 10 reais por pessoa.

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Sobre as casas de Pablo Neruda

Se você gosta de ler os poemas de Pablo Neruda, também gostará de visitar suas casas espalhadas pelo Chile, se você não gosta de ler os poemas de Pablo Neruda, gostará de visitá-las também. Isso porque independente de Neruda, essas casas têm vida própria, não somente por sua singularidade arquitetônica mas também pelos objetos que agora ali moram.
As três residências, cada uma com um jeito muito peculiar, foram transformadas em museus, mas conservam sua identidade original, ou seja, são casas: com banheiro, quarto, sala, móveis e muitos objetos, muitos mesmo, em seu interior. O único lugar ao qual não se tem acesso é a cozinha, em nenhuma das três. Dizem que Neruda considerava a cozinha de uma casa seu lugar mais íntimo, mais privado e, como em vida não deixava seus convidados compartilharem desse espaço, não seria agora que se abriria tal concessão.
Conhecer cada uma das casas - sobre as quais ficamos sabendo já bem perto de nossa ida, por meio de uma leitura apressada no sítio da UOL - converteu-se numa experiência de encantamento. É impossível, passando por cada cômodo não imaginar o quão divertido deve ter sido viver ali... e dá vontade de ficar... quase proprietários da casa. Como seres vivos, as casas têm nomes: La Chascona, fica em Santiago; La Sebastiana, em Valparaíso e a terceira em Isla Negra.
Em outro post contaremos como foi passar por cada uma delas...

terça-feira, 5 de maio de 2009

Vinhos e a luz de maio

Entre os passeios obrigatórios no Chile, deve-se visitar ao menos uma vinícola: mesmo que não goste de vinhos, o passeio vale a pena.

Escolhemos a vinícola Cousiño Macul. Embora a escolha tenha sido feita pelo vinho – sou apreciador do Antiguas Reserva Cabernet Sauvignon, o ambiente da visita foi também o que mais calhou com nossas preferências.

Tudo é bastante sóbrio na visita, sem afetações turísticas. A impressão é a de que se flagrou o local em pleno trabalho. Pode-se conhecer todo o processo de fabricação e visitar as antigas adegas subterrâneas, que são o ponto alto do passeio. Destaque para a reserva da família, com vinhos das melhores safras: é de dar inveja,

Uma dica: a vinícola é próxima da maioria dos hotéis (cerca de 20 minutos) e a visita, que dá direito a degustação de duas taças de vinho e a levar a própria taça para casa, pode ser comprada no próprio local por cerca de R$ 30. O tour, comprado no Brasil, sai por até US$ 50. Mais informações em http://www.cousinomacul.com, ou pelo telefone (56 2) 351 4135.

Fomos favorecidos por outra dose de sorte. Estivemos lá em maio de 2008. Nessa época do ano, em pleno outono, a luz é muito bonita e o ambiente todo ganha um ar mágico, com o chão coberto de folhas.



/>


sábado, 2 de maio de 2009

Para começo de conversa

Tudo começou com uma viagem de turismo. Pacote típico brasileiro classe média. Alguns dias em Santiago, alguns em Buenos Aires - tipo promoção de supermercado, dois por um.

O impacto, porém, foi permanente. Bastaram cinco dias para que voltássemos apaixonados pelo Chile: fiz a viagem com Andréa, minha companheira de vida. Ela, por companheirismo ou por gosto, apaixonou-se pelo Chile junto comigo.

Buenos Aires foi legal, mas não tão marcante. E este não é assunto para esse caderno.

Nesta primeira viagem, andamos muito por Santiago e fizemos um ótimo passeio de carro por Isla Negra, Viña Del Mar e Valparaíso. Um dos momentos inesquecíveis foi a primeira visão do oceano Pacífico, em Alagarrobo.

No mesmo ano, voltamos ao Chile para conhecer melhor Viña e Valparaíso, além de explorar outros locais em Santiago. A surpresa, dessa vez, foi passar por Quintay – famosa na metade do século XX na pesca de baleias.

Mas, estas e outras viagens – tanto físicas como pela internet ou a literatura e o cinema – serão a matéria prima para este blog.

Bienvenidos.